quarta-feira, julho 25, 2012

Morte



Morte, tu abates num só dia
O Rei ao abrigo da sua torre
E o pobre em sua aldeia.
Tu vagas sem fim noite e dia
E exortas cada um para
Que dirija a Deus seus atrasados.
Morte, manténs a alma em servidão 
Até que ela se livre
E pague sua dívida sem retorno.
Tomar emprestado à alma é pouco prudente,
Ela não tem nada para penhorar,
Pois está nua no último dia.

A Morte liberta o escravo
A Morte submete o REI e o PAPA.
E paga a cada um o seu salário,
E devolve ao pobre o que ele perdeu,
E toma ao rico o que ele abocanhou.

Hélinand de Froidmont
Monge do século XII





(lido num comentário.. por aí)

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