segunda-feira, janeiro 17, 2011

O Apagão


Sr. Presidente,

Uma noite destas falhou a luz. Foi num domingo de Dezembro, à hora do jantar, e como o Sr. Presidente deve imaginar foi grande o alvoroço. Desde logo o procurar alternativas na escuridão para nos movimentarmos, o fósforo, depois as pontas de velas que nunca sabemos onde deixamos e a pequena lanterna SOS.

Sem fogão para o jantar, sem ar condicionado para aquecer a casa, sem televisão para o serão, terá de convir Sr. Presidente que tudo parecia indicar que nos esperava uma noite desconfortável e aborrecida. Para agravar, era noite de “ídolos” , talvez o único programa que embora nunca víssemos juntos, nos interessava a todos.

Foi, pois, o toca a reunir à volta das velas, e eis que talvez houvesse solução para ver o nosso programa, e que muito bem poderia resolver também o desagradável da noite fria. Todos para a nossa cama, e com sorte e as boas graças do kanguru, ver-se-ia o programa no portátil, aconchegados e bem quentinhos.

E foi assim que três na mesma cama, como já não lembrávamos de o fazer, vimos e comentamos o “ídolos”, protestamos pela melhor posição do portátil e discutimos quem cantou bem ou mal, e ainda tivemos tempo para jogar Buzz nos intervalos para poupar a bateria.

Por isso, Sr. Presidente, se não fosse pedir muito, pelo menos uma vez por mês, ordene por favor um apagão aqui para estas bandas.

Muito agradecido

Atenciosamente

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