sábado, abril 30, 2011
Sublinhados - VI
sexta-feira, abril 29, 2011
quinta-feira, abril 28, 2011
terça-feira, abril 26, 2011
quinta-feira, abril 21, 2011
terça-feira, abril 19, 2011
segunda-feira, abril 18, 2011
exercitando os musculos e a escrita
Encontrei um destes dias por lá o Cabo Machado, com menos 19 quilos - bem visíveis na indumentária tamanho XL num corpo agora L - e admirei-o pela força de vontade, corre todos os dias, e, disse ele, foi isso e um pouco de cuidado na alimentação que o trouxe ao peso actual.
No meu caso, não tenho nem nunca tive problemas de peso, mas gosto do sabor mesclado de vitória cansaço e suor de cada vez chegado a casa descalço os ténis e me espraio debaixo do chuveiro. Afinal, reconheça-se, vencer a preguiça e a inércia nem sempre é fácil.
segunda-feira, abril 11, 2011
sábado, abril 09, 2011
sexta-feira, abril 08, 2011
A Beatnicks
O ritual começava na estação da CP, sim, que na altura ter carro era privilégio para muito poucos. Eram quase sempre os mesmos a entrar no comboio das 3 e vinte, para uma curta viagem de não mais que 15 minutos.
Chegados à pequena aldeia era vê-los então em grupos, no trajecto até à pequena discoteca que os acolhia quase todos os domingos. Tinha a particularidade de não exigir pares na entrada sem que isso prejudicasse o equilíbrio necessário para não estragar o ambiente. Embora parecendo apenas um pequeno pormenor, isso acabou por fidelizar aqueles com pouco à vontade no momento do “não te importas que entre contigo?”, não contando com o risco de, não havendo a quem o fazer, passarem grande parte da tarde ali à porta ou merecerem a compaixão do porteiro, o Eusébio, rapaz sóbrio e de bigode sempre impecavelmente tosquiado.
Sentados em pufs ao redor da pista, e enquanto aguardavam que o DJ Chico abrisse as hostilidades trocavam-se olhares e observava-se quem ia chegando num jogo próprio, e que se repetia a cada domingo.
Mas o momento mais ansiado esse chegava a meio da matiné quando, subitamente, as luzes se reduziam e se ouviam as primeiras batidas das baladas. Era o momento dos slows, e aí começava a debandada da pista, regressando aos poucos, primeiro os pares já assumidos, depois os mais decididos no convite, e aos poucos, aqueles que por timidez ou por terem perdido as primeiras escolhas, ou que simplesmente tiveram maior dificuldade na “negociação do par”.
Mas aquele era também o momento em que outros carpiam em frente a um copo de cerveja ou uma cuba livre mais uma oportunidade perdida, com o olhar distraído nas sombras que se moviam na promiscuidade da bola de cristal, e onde de quando em vez o contraste do néon fazia brilhar o branco daqueles bustos.
(isto a propósito desta musica que passou à pouco na rádio)